Carta de António Augusto de Aguiar
Nível de descrição
Documento simples
Código de referência
PT/UC/FCT/BOT/VVM/P/001/151
Tipo de título
Atribuído
Título
Carta de António Augusto de Aguiar
Datas de produção
1879-01-26
Dimensão e suporte
2 f.; papel
Âmbito e conteúdo
Carta manuscrita e assinada por António Augusto de Aguiar onde diz que um "indígena" como ele não se aventura a grandes passeios com a neve que cai desde quarta-feira em Paris, nalgumas ruas subiu já 3 palmos que saiu para ir ao Palácio do Mendes por causa do Tratado e que lhe custou chegar a casa; Paris parece um lameiro, acrescenta. Diz que nada lhe serve receber o dinheiro em Lisboa, que precisa dele em Paris e que tem gasto bastantes francos em obter esclarecimentos; está sem dinheiro. Já sabia que o Loucelino e o Camilo de Morais obtiveram a Legião de Honra e diz que o Leite está "uma bicha" e pediu-lhe para lhe arranjar um hábito. Diz que recebeu o hábito de "papagaio", expressão que usa para a Ordem de S. Maurício e S. Lázaro de Itália por causa da cor verde; o Mendes mandou-lhe o diploma e as insígnias de oficial, que deve ao Fournier, íntimo amigo do comissário italiano, sr. Corventi. Os artigos de Milve Edwards estão bons, pena que o terceira esteja resumido de mais. Diz que o Vincout(?) foi muito delicado consigo e queria saber sempre a sua opinião para ser justo e imparcial; poucos compatriotas fariam isso mas que o seu desejo, estando no estrangeiro, é fazer ver que não são todos inteiramente ignorantes e estúpidos. Os alunos da Escola Central publicaram o seu discurso, que envia ao Visconde, não por vaidade mas para mostrar que não tem que se envergonhar do seu discípulo. Informa que o Moreno deveria partir hoje mas que só irá amanhã; Lamolère satisfez a encomenda em 24 horas. É uma hora da tarde.
Idioma e escrita
português
Data de publicação
25/04/2021 20:18:08