Carta de Adolphe Tourrette

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Carta de Adolphe Tourrette

Detalhes do registo

Nível de descrição

Documento simples   Documento simples

Código de referência

PT/UC/FCT/BOT/VVM/A/002/6

Título

Carta de Adolphe Tourrette

Datas de produção

1876-07-09     

Dimensão e suporte

2 f.; papel

Localidade

Âmbito e conteúdo

Agradece ao Visconde de Vila Maior a intervenção para que pudesse ficar no convento da Arrábida em convalescença, depois de ter passado todo o mês de maio de cama; diz que passou dois dias em casa do sr. da Fonseca, que o ajudou bastante, e qua a Casa do Bispo estava num tal estado de frescura(?) e que encontrou, em Azeitão, um jovem a quem ensinou alguns princípios da cozinha francesa, e que conseguiu impressionar, com o seus modestos preparativos, sendo improvisados, o pintor Layrand, compatriota que esteve com o Conde de Armand na embaixada de França e que foi à sua propriedade da Comenda, e daí o foi visitar; o pintor, prémio de Roma fez três quadros com vistas da Arrábida e lamentou ter de partir para a Comenda e daí regressar a Lisboa para continuar o retrato para o rei D. Fernando. Diz que trouxe consigo a obra do Visconde "O Tratado de Viticultura" e que o estudou e que teve a visita do Sr. de Aguiar; recebeu há dois dias um "le cormaissemente" de uma charrua vigneronne(?) executada em França a partir dos desenhos de Aguiar e parecida com os planos que viu na escola Politécnica mas toda em ferro e mais sólida, esta charrua teve o 2º(?) prémio na exposições de vigneronnes em Bordéus e já tinha ganho o 1º prémio em Mont-de-Marsan, e quando a comprou em Bayonne ela já vinha premiada; fica feliz de a ter introduzido em Portugal e de o Aguiar a ter em sua posse, irá visitá-lo dentro de 4 dias. Diz-se triste com as notícias do seu país: a filoxera, depois das neves de Maio, destruiu o noroeste. Diz ter intenção de escrever ao Duque de Palmela desde que chegou e de lhe oferecer a imitação de dois pratos de majólica copiados da colecção de Florença pelo Marquês de Mouestrit que assinada "le potier de Rungis": foi na Exposição Internacional de Bayona onde concorreu na secção "agricultura Nacional", com cultura de abelhas e seus produtos, que conheceu este artista e viu a origem dos dois pratos em Florença em 1847; quer oferecer estes pratos artísticos ao Duque de Palmela com os retratos de Laura e Petrarca, como testemunho do seu agradecimento, mas houve quem lhe dissesse que o duque não iria aceitar a oferta e pergunta ao Visconde o que ele acha sobre o assunto. Em post scriptum diz que recebeu um vinho ordinário de 1875 da Costa de África trazido pelo sr. Valdy e que descobriu, na Arrábida, uma vinha muito velha com uvas de Dromissão(?) com 90 centímetros mas que hoje está atacada de doença; envia grãos da flor dente-de-leão, recomendados pelo amigo sr. Valdy, dizendo que são bons em saladas e para fazer no Inverno... muito famoso em Paris.

Idioma e escrita

francês

Data de publicação

14/05/2021 07:22:13