Carta de António Augusto de Aguiar

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Carta de António Augusto de Aguiar

Detalhes do registo

Nível de descrição

Documento simples   Documento simples

Código de referência

PT/UC/FCT/BOT/VVM/P/001/165

Tipo de título

Atribuído

Título

Carta de António Augusto de Aguiar

Datas de produção

1879-07-20  a  1879-07-25 

Dimensão e suporte

2 doc.; papel

Localidade

Âmbito e conteúdo

Carta manuscrita e assinada por António Augusto de Aguiar, com indicação de particular, onde volta ao assunto das condecorações pois diz ser perseguido por muitas pessoas a quem o Vasconcelos prometeu, em troca de medalhas da exposição, condecorações com hábitos que já tinham há muitos anos, o que dá uma triste ideia da administração portuguesa. Explica que Mactelet, negenheiro chefe de minas e director das minas de Auzin recebeu o hábito da Conceição que já tinha há dez anos; Jordan, professor de metalurgia da Escola Central, vice-presidente da classe 43, oficial da legião de honra, foi agraciado com o hábito de Santiago quando o sr. Smiht de Loudes, pouco conhecido e apreciado, foi feito oficial da mesma ordem; John van den Broeck, oficial da instrução pública, amigo paricular do rei D. Fernando, membro da classe 8ª alcançou o hábito da Conceição que o Braancamp lhe enviou em 1863 por proposta del rei; finalmente, o mais escandaloso: Paul Teissounière, presidente da classe dos vinhos, onde Portugal alcançou mais de 23 medalhas de oiro, hábito da Conceição que teve na primeira exposição de Paris, tinha-lhe dito que esta comendador de Cristo mas quando esteve com ele, por causa do acidente que a mulher sofrera, ele lhe mostrou dois diplomas idênticos. Não sabe o que há de dizer a tantas pessoas que tendo prestado serviços a Portugal foram desconsideradas. Diz que o Vasconcelos, para obter medalhas, prometeu condecoraçõas a Moureau, cavaleiro da Conceição, membro da comissão francesa da exposição de (?) e rico fabricante de bourettes na Picardia, Le Duc fabricante de bourettes, Prosper van den Broeck, membro da classe 30; diz que o Vasconcelos se desculpa com o Visconde e não deve, por mais tempo, encobrir-lhe a verdade, que estão numa péssima situação. Acrescenta que o director da alfândega Moreno lhe perguntou ontem como fazer para receber 5 caixotes de quadros com o valor estimado de 50.000 francos, diz que escreveu ao Vasconcelos para que responda. Junto anexo minuta de carta com resposta do Visconde perguntando quando acabará a guerra das condecorações, e diz que fez em tempo todas as propostas que Aguiar, Lapa, Silva, Eliot, Vasconcelos e outros lhe pediram, que fez as reclamações indicadas e renovou por mais de uma vez os pedidos ao Lourencinho; impacientou-se com tudo inutilmente, por isso, lava daí as suas mãos, não tem culpa se no ministério das Obras Públicas ou no do Reino alteraram as propostas ou fizeram confusão. Diz qaue na opinião do Lapa o Teissonier não fez serviço algum a Portugal e na opinião do Camilo de Morais ele favoreceu os espanhóis. Diz que nos júris da maior parte das classes foi pouco sério e na dos vinhos "uma verdadeira borracheira".

Idioma e escrita

português

Data de publicação

14/05/2021 07:08:49