Colegiada de São João de Almedina

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Colegiada de São João de Almedina

Detalhes do registo

Nível de descrição

Fundo   Fundo

Código de referência

PT/AUC/DIO/CSJA

Tipo de título

Formal

Título

Colegiada de São João de Almedina

Datas de produção

1226  a  1831 

Dimensão e suporte

34 u.i. (27 liv.; 7 cx.); papel e pergaminho

Entidade detentora

Arquivo da Universidade de Coimbra

História administrativa/biográfica/familiar

A primitiva Igreja de São João de Almedina começou a ser edificada em 1129. Dom Bernardo vendeu a Dom Telo uma terra e horta existentes junto dos Banhos Reais ou Banhos da Rainha Santa e aplicou o preço da venda nas obras da igreja. Um documento do Livro Preto da Sé de Coimbra indica que a construção continuava em 1131. O claustro tinha capitéis simplificados de gosto pré-românico. Em 1226 é ditada uma sentença na qual consta que os beneficiados de S. João de Almedina tinham o direito privado de eleger o seu prior. De 1684 a 1704, procedeu-se à reconstrução da igreja, alterando os primitivos cânones arquitetónicos. Em 1922 e 1938, foram executadas obras de adaptação da igreja a museu, pela Direção Geral de Edifícios e Monumentos Nacionais, deixando a descoberto a parte antiga incorporada no Museu Nacional de Machado de Castro. Em 30 de novembro de 1933, foram encontrados os muros da antiga igreja.

Fonte imediata de aquisição ou transferência

Por Carta de Lei de 16 de Junho de 1848 ordena-se a redução das colegiadas existentes no país, sobretudo nos casos em que estas não obtivessem rendimentos suficientes que lhes permitissem sobreviver. Esta situação havia sido criada pela extinção dos dízimos, em 1834, com a extinção das ordens religiosas em Portugal, no contexto da consolidação do Liberalismo no país, no final da Guerra Civil Portuguesa (1828-1834). Ora era com estes dízimos que as colegiadas se sustentavam. Deve-se referir também que as côngruas dos beneficiados das colegiadas provinham dos foros e dízimos, com a sua abolição estas instituições religiosas ficavam sem meios de subsistência.Em 1854 foram suprimidas, pelo bispo de Coimbra as colegiadas que ainda estavam em atividade e todo o seu património foi doado, in solidum, ao Seminário Maior da Diocese, o qual passou a administrar os bens que lhes foram anexados. Esta situação ficava a dever-se ao preceituado na referida Carta de Lei, em cujo art.º 7 se determinava que os bens das colegiadas extintas fossem aplicados na manutenção dos Seminários Diocesanos.O cartório da Colegiada de São João de Almedina, à semelhança das demais colegiadas de Coimbra, foi incorporado no Arquivo da Universidade de Coimbra em 1917, provindo do Seminário Maior de Coimbra, onde se encontrava no cartório das extintas colegiadas.

Âmbito e conteúdo

Podem-se encontrar, nas séries documentais (SR) deste fundo, entre outros atos jurídicos: aforamentos, autos de agravo cível, autos de apresentação, autos de embargo, autos diversos, cartas de venda, cartas do cura do arcediagado de Penela, cartas precatórias e citatórias, destrinças, emprazamentos, escrituras de compra e venda, escrituras variadas, libelos, liquidações, nomeação de prazos, recibos, relação de rendimentos, relações de inquilinos, renúncias, sentenças, testamentos, tombos de medição, tombos de propriedades.Os volumes incluem documentação de tipologia diversa (escrituras de emprazamento, aforamento, sentenças, colações, etc.) relativa aos bens da Colegiada não só em Coimbra, como em localidades mais distantes. A documentação avulsa, evidencia, entre outras, questões judiciais dirimidas por litígios com os devedores de foros e rendas à Colegiada.Foram identificados documentos, que são fragmentos de processos cuja identidade não foi possível referenciar e associar à Colegiada de São João de Almedina. Por essa razão ficam numa u.i. (cx.). rotulada de “documentação diversa”.Contém ainda um mapa das paróquias do Bispado de Coimbra e uma relação do clero do mesmo Bispado, lista dos ordinandos admitidos à recepção de ordens no ano 1777 e seguintes.A documentação do fundo (FD) da Colegiada de São João de Almedina, refere as várias propriedades que a Colegiada possuía, quer no burgo de Coimbra, quer noutras localidades mais distantes, umas do concelho de Coimbra, outras de vários concelhos vizinhos. Apresentam-se de seguida, por ordem alfabética, essas localidades associadas ao respetivo concelho: Conc. de Ansião: Alvorge; Conc. de Águeda: Águeda; Conc. de Cantanhede: Cadima; Conc. de Coimbra: Almalaguês; Antanhol; Cernache; Espadaneira; São Martinho do Bispo; Fornos; Pé de Cão; Pedrulha; São Martinho de Árvore; São Silvestre; Conc. de Condeixa: Alcabideque; Sebal Grande; Conc. de Leiria: Alvaiázere; Pedrogão Grande; Conc. de Mealhada(?): Santa Comba; Conc. de Montemor-o-Velho: Carapinheira; Conc. de Soure: Degracias; Pombalinho.

Sistema de organização

Não se conseguiu identificar o sistema da organização original e, por isso, a documentação existente no fundo foi classificada em séries documentais, de acordo com a tipologia formal dos atos que materializam. As séries são apresentadas por ordem alfabética, independentemente de se estar na presença de documentos avulsos ou de livros e dentro destas, os documentos e os livros foram ordenados cronologicamente, seguidos de uma pequena descrição sumária. Sempre que não foi possível datar o documento, ele foi referenciado sem data [s.d.], descrito(s) no final de cada série ou foi-lhe atribuída uma data crítica, com aproximação ao século. Foram identificadas as seguintes séries: Autos e Contas; Autos e Sentenças; Autos de Visitação; Confirmação de Privilégios ou Documentos de Fundação e Privilégios da Colegiada; Contratos; Documentação Diversa; Escrituras Diversas; Inquirições; Livros de Aniversário; Livros de Auto de Reconhecimento; Livros de Colações; Livros de Escrituras; Livros de Padrões de Juros; Livros de Registo de Instituições Pias; Livros de Registo de Rendas recebidas; Livros de Registo do Celeiro; Livros de Registo do Coro; Receita e Despesa; Registos de Legados Pios; Relações de Bens Móveis; Róis de Foros e Foreiros; Testamentos; Tombo; Bens, Medição e Demarcação; Tombo de Compromisso.Na identificação e estudo da documentação encontrou-se alguma que identificamos como não fazendo parte do fundo documental da Colegiada de São João de Almedina. Essa documentação avulsa, sempre que foi possível identificar o fundo documental de origem, procedeu-se à sua integração nesses fundos. Onze desses documentos foram identificados como pertencentes à Colegiada de São Cristóvão (Código de Referência PT/AUC/DIO/CSC; datas de produção 1511/1842) e compreendem um período cronológico 1565-1724. Outros sete documentos avulsos, com uma cronologia de 1668 a 1863, foram identificados como pertencentes a vários fundos: Câmara Eclesiástica: 1668 (Código de Referência: PT/AUC/DIO/CDCBR; datas de produção: 1400/1922), Igreja de S. Miguel da Vila de Ferreira [do Zêzere] da Ordem de Cristo (1775-1777), Colegiada da Igreja de Santa Justa: 1741 (Código de Referência: PT/AUC/DIO/CSJ; datas de produção: 1487-05-23/1842-10-15), Mosteiro de Santa Maria de Seiça, Paião, Figueira da Foz: 1745 (Código de referência: PT/AUC/MC/MSMS; datas de produção: 1156/1838) e ao Seminário Episcopal de Coimbra, 1863 (Código de Referência: PT/AUC/DIO/SEC; datas de produção: 1764/1893).

Idioma e escrita

Português

Instrumentos de pesquisa

Recenseamento

Publicador

gracinda

Data de publicação

16/04/2024 11:06:08