Confraria da Rainha Santa Isabel
Nível de descrição
Fundo
Código de referência
PT/CRSI/CIM/CRSI
Tipo de título
Formal
Título
Confraria da Rainha Santa Isabel
Datas de produção
1611
a
2010
Entidade detentora
Confraria da Rainha Santa Isabel
História administrativa/biográfica/familiar
A Confraria da Rainha Santa Isabel, fundada em meados do séc. XVI, é uma associação católica de piedade e caridade, promoção do culto divino, sob patrocínio de Santa Isabel, tem a sua sede na igreja do Mosteiro de Santa Clara e, conforme Estatutos, tem, entre outros, os seguintes fins:- Promover o culto divino em geral e em especial o culto religioso da Rainha Santa Isabel, mantendo-o e sustentando-o no seu templo;- Manter em estado de conservação, decência e limpeza a sua igreja;- Realizar solenes festas em honra da Padroeira de Coimbra;- Exercer a caridade, subsidiando as Instituições de Beneficência e Obras de socorros a pobres, doentes e necessitadosLivro 2 das Actas e Eleições tem aprovação do novo compromisso, projecto de 1891, com a aprovação do Governador Civil e do bispo, com o intuito de reorganizar da Confraria (fl.9v.-11)O livro 2 dos Anuais tem escrito o seguinte dizer: “Este livro é dos anuais e para nele se escreverem os nomes dos irmãos desta irmandade que esteve desde a era de 1831 até 1852 sem se fazer procissão nem também admitido irmão algum e só no dia 20 de Julho é que entraram os adiante neste mesmo escritos, e foi nomeada a nova Mesa que há-se funcionar para 1852 e para 1853. O novo procurador José Júlio César”.Liv.2 Acta de 19 de Maio de 1892 (fl.22) Por despacho ministerial, foi mandado entregar por depósito à Confraria algumas alfaias e objectos pertencentes ao culto da Rainha Santa enquanto a Confraria tiver a seu cargo o culto da mesma Santa. O citado despacho foi comunicado à Repartição da Fazenda Distrital por ofício n.º 26.761 da 2ª Repartição da Direcção Geral dos Próprios Nacionais, em data de 19 de Abril do corrente ano, que se acha transcrito a folhas 32v. no Livro de Registo de Correspondência. De tudo se lavrou termo, com a descrição minuciosa dos objectos entregues à Mesa da Confraria, sendo remetido à Repartição da Fazenda e ficando uma cópia autenticada no arquivo da Confraria.Foram juízes e presidentes: Pedro Viegas Ferraz (1814), José Teles (1815), Francisco António Duarte Montanha (1816), Bispo Conde (1817-1822), António José de Freitas Honorato (1852-1868), Francisco dos Santos Donato (1876-1883), Manuel de Jesus Lino (1881-1882, 1884-1888), António Garcia Ribeiro de Vasconcelos (1890-1893, 1908-1912, 1927-1931, 1933-1935), Francisco José de Sousa Gomes (1893-1904), José Pereira de Almeida (1922-1923), Sebastião Marques de Almeida (1925-1927), Manuel d’Abranches Martins (1927), João da Providência Sousa e Costa (1931-1933), D. António Antunes, bispo coadjutor (1935-1937), Abel de Mendonça Machado Araújo (1938-1941, 1944-1945), Alberto Ferreira da Silva (1942-1943), Domingos Braga da Cruz (1946-1949), Henrique Fernandes Ruas (1950-1951), Virgílio Joaquim de Aguiar (1952-1953), Inácio Ferreira da Cunha (1954-1955), Bento Rodrigues da Silva Marques (1956-1958), engenheiro José Reis Gonçalves (1959-1962), José Marques Correia Nunes (1963-1964), Mário Alberto dos Reis Faria (1967-1969), José Carlos de Sá Pereira do Lago (1971-1972, …-1995), Aníbal Pinto de Castro (1995-2010).Foram juízas: Condessa de Canas (1876).Foram escrivães e secretários: José Maria Osório (1814), José Xavier Teles (1815), Joaquim de Seixas (1816), Manuel José Pereira (1817), Tomás da Cunha (1818), Manuel Abílio Simões de Carvalho (1852-1873), Miguel António de Sousa Horta (1876), José Júlio César (1881-1888), António José da Costa (1889-1890), José Ferreira Barbedo Vieira (1891-1897), António Dias Themudo (1909-1913), António Augusto Marques Donato e António Augusto Lourenço (1925-1927), João Simões da Fonseca Barata (1927-1929), Albano Júlio Marques Perdigão (1928-1933), António Augusto Neves (1933-1935), Álvaro Marques Perdigão (1935-1937), Álvaro Pereira Forjaz de Sampaio (1838-1839), Carlos Alberto da Costa Reis (1940-1941), Francisco António Cardo Júnior (1942-1943), Joaquim António Garcia de Andrade (1944-1945), António Joaquim de Sampaio (1946-1947), Adrião Hermínio Ferreira do Amaral (1948-1951), alferes Jaime Alves Simões (1952-1955, 1963-1964), Eduardo Alves Pinho Simões (1956-1958), Manuel Correia (1959-1962), José Carlos de Sá (1967-1969), Silvino António Lança (1971-1972, 1995).Foram escrivãs: Cândida Augusta Pessoa Leite (1876).Foram vice-secretários: Januário Damasceno Ratto (1891-1893), José da Costa Braga (1893, 1896), João Pereira Machado (1927-1929), José Pereira Machado (1927-1929), Francisco da Costa Gaiato (1929-1930, 1931-1935), Adriano Marques (1929-1931), António Augusto Neves (1935-1937), Raul Mário da Silva (1938-1939, 1944-1947), Serafim Rodrigues de Jesus (1940-1941), Serafim Rodrigues de Jesus (1942-1943), Manuel Correia (1948-1949), José Maria Almeida Ribeiro Saraiva Donas Boto (1950-1951), Bento Rodrigues da Silva Marques (1952-1953), capitão Tristão da Cunha Caldeira Carvalhais (1954-1955), tenente António Dias da Silva (1956-1958), engenheiro Mário Jorge (1959-1962), engenheiro Luís Alberto Figueiredo do Vale (1963-1964), Nicolau Pinto dos Santos (1967-1969), Ernesto Domingues Soares Santos (1971-1972).Foram procuradores da Irmandade: Luís Teotónio Clama, alferes (1778-1781), Francisco José dos Reis (1782-1783), Jerónimo Ferreira (1783-1784), Joaquim Gonçalves (1784), António de S. Bento (1785-1786), Manuel Pires (1786-1787), José Lopes (1787-1788), Manuel Nunes de Avelar (1788-1789), António Francisco da Conceição (1789), João da Silva (1790-1791), José António Saraiva (1791-1792), José Pedro Tavares (1792-1793), José António Saraiva da Fonseca, padre (1794-1795), António José da Rosa (1795-1796), António Alvares de Carvalho (1796), José Lopes (1797-1798, 1801), Manuel Freire (1798), Manuel Martins (1799-1800), José Rodrigues Troia (1799-1800), Diogo Francisco (1801), Manuel de Oliveira (1801), Francisco da Costa (1803), José Filipe Pereira (1804), José Joaquim Nunes de Avelar (1804-1806), José Caetano (1807-1808), João José da Conceição (1809; 1814-1815), Marcos José (1810), José de Santa Clara (1816-1819), Caetano da Assunção (1819-1820), José Fernandes (1820), João de Oliveira (1821), António Ferreira Rainho (1822), João António (1823), José Ferreira (1824), Manuel Duarte dos Casais (1824), António Alves de Carvalho (1825-1829), António Cardoso (1826), Custódio António Joaquim (1830), José Pires de Sousa (1831-1832), José Júlio César (1852-1880), José Gomes Pais (1881-1882, 1884-1888), José Ferreira Barbedo Vieira (1889-1890), Júlio Machado Feliciano (1891-1893), Francisco Maria de Sousa Nazaré Júnior (1895-1896), José de Sousa Feiteira (1909-1913), Sérgio Lopes de Campos (1925-1927), Caetano da Cruz Rocha (1927-1929), António Marques (1928-1933), José da Cruz Costa (1933-1935), Plínio de Abreu e Vasconcelos (1935-1937), Carlos Maria Mesquita (1938-1939, 1942-1943), Joaquim António Garcia de Andrade (1940-1941), José da Cruz e Costa (1944-1947), padre Abílio Costa (1948-1949), Manuel Correia (1950-1951), Bernardino Rodrigues da Costa (1952-1953, 1956-1958), Francisco Luís de Carvalho Galvão de Figueiredo (1954-1955), José Carlos de Sá (1959-1962), José Carlos de Carvalho Telo de Morais (1963-1964), José de Almeida Coelho (1967-1969), engenheiro Fernando Gomes da Costa (1971-1972).Foram Procuradoras: Clara Leite da Silva Oliveira (1876), Foram tesoureiros da Irmandade: João da Silva (1794), José Carvalho (1814-1815), António Bento (1816-1818), Joaquim Pedroso (1819), Manuel Rodrigues (1820), Manuel de Semide (1821), Joaquim de Oliveira (1822), José Lopes Pires (1823), Manuel de Oliveira de Bordalo (1824-1825), José de Santa Clara (1825-1830), António da Conceição (1830-1831), Joaquim Fernandes Rainho (1831), José Aires (1832), Joaquim António dos Santos (1852-1853), João Marques Perdigão (1854), António Pessoa (1855-1857), Domingos António de Freitas (1858-1878), Miguel Dias Barata (1881-1882, 1884-1888), Miguel José da Costa Braga (1895-1896), Francisco José da Costa (189
Localidade descritiva
Coimbra
História custodial e arquivística
Na 1ª sessão (de instalação) da nova mesa para o biénio de 1927-1929 dá-se conta que no arquivo da Confraria faltam alguns livros importantes e indispensáveis, que a Mesa que terminara o seu mandato a 30 de Junho de 1893 ali deixara, entre os quais: o livro dos termos de nomeação dos irmãos beneméritos e de admissão dos confrades e o inventário de todas as alfaias, valores e bens da Confraria, e catálogo dos livros e documentos pertencentes à secretaria e arquivo (Acta de 30 de Junho de 1927, liv.3 – fl.12v.). O vogal António Augusto Lourenço entregou a Caetano da Cruz Rocha dois livros do arquivo da Confraria que por esquecimento se encontravam em sua casa; um era o desaparecido livro de matrícula dos confrades e o outro, datado de 15 de Julho de 1916, tem os nomes de 163 mulheres que foram admitidas como associadas (Acta de 26 de Julho de 1927, liv.4 – fl.1).Faltam igualmente dois livros de actas, um com datas entre 1896 e 1911, e outro que compreende as sessões realizadas no período entre 10 de Outubro de 1911 e 12 de Agosto de 1913, designado como o quarto livro de actas em sessão de 11 de Julho de 1927 (Actas e Eleições, liv.3 – fl.17).
Fonte imediata de aquisição ou transferência
O vogal António Augusto Lourenço entregou a Caetano da Cruz Rocha dois livros do arquivo da Confraria que por esquecimento se encontravam em sua casa; um era o desaparecido livro de matrícula dos confrades e o outro, datado de 15 de Julho de 1916, tem os nomes de 163 mulheres que foram admitidas como associadas (Acta de 26 de Julho de 1927, liv.4 – fl.1).
Âmbito e conteúdo
Regista as actas da Mesa da Irmandade, as actas dos termos de eleição e dos autos de posse da Mesa, e as actas da Assembleia Geral, onde são abordados os mais diversos assuntos da vida da Confraria. Também a partir dos copiadores de correspondência e da correspondência expedida e recebida ficamos a conhecer as relações que a Confraria mantém com personalidades, empresas, instituições de diversa natureza, quer a nível citadino, quer a nível local e até mesmo a nível nacional e internacional, estes último sobretudo com a cedência de peças do Museu privativo da Confraria para exposições.Ilustra a dinâmica da Confraria com os pedidos de admissão de irmãos e de confrades, os livros de matrícula dos irmãos associados, os termos de admissão de confrades e as fichas de irmãos falecidos.Engloba documentação que regista a acção da Confraria ao nível da promoção do culto à Rainha Santa Isabel, nomeadamente com a organização da festividade em sua honra, visível na série Festas da Rainha Santa Isabel e Programas das festas religiosas em honra da sua Padroeira e também na Correspondência Expedida, Correspondência Recebida e Copiador de Correspondência, sobretudo com os convites feitos a diversas individualidades para incorporarem as procissões da noite e da tarde em honra da Rainha Santa Isabel.Inclui documentos que retratam a actividade económica da Confraria como os livros de Receita e Despesa da igreja, da Irmandade, da Secção do Recordatório, assim como os recibos e as facturas da Secção Comercial, sobretudo com a aquisição de artigos religiosos para venda. Encontramos igualmente o registo das esmolas entregues no mosteiro de Santa Clara e das ofertas em géneros feitas à Confraria da Rainha Santa, e, por outro lado, as esmolas que eram entregues pela Confraria a doentes tuberculosos ou oncológicos, destinadas às consultas e compra de medicamentos.Inclui também inventários, plantas, desenhos, projectos, vertente mais direccionada para o edifício do extinto convento de Santa Clara-a-Nova, espaço ocupado pela Confraria.
Sistema de organização
Foram identificadas 35 séries documentais, 7 subséries e uma secção: Casa de Formação Cristã da Rainha Santa. As séries seguem uma organização cronológica interna.Na série Correspondência Expedida foram identificadas duas subséries: Correspondência Expedida – Secção do Recordatório e Correspondência Recebida - Secção Comercial; e na série Correspondência Recebida foram identificadas cinco subséries: Correspondência Recebida – Secção do Recordatório, Correspondência Recebida – MUSEUS, Correspondência Recebida – António Maria Ribeiro, Correspondência Recebida – Telegramas e Correspondência Recebida - Secção Comercial; na série Festas da Rainha Santa Isabel foi incluída a subsérie Exposições.O livro encadernado com título “Documentos Valiosos” foi desmembrado e cada documento inserido na respectiva série. Foi realizado este processo por se verificar que os documentos encadernados nada tinham de comum entre si, à excepção de se reportarem aos anos de 1890 a 1893, e porque outra documentação avulsa se relacionava com aquela aqui mencionada, achando por bem que esta ficasse reunida. Também se achavam encadernados dois livros e estampas.
Idioma e escrita
Português, latim, espanhol, francês, inglês, alemão, japonês.
Características físicas e requisitos técnicos
Bom estado de conservação; alguns dos livros apresentam as lombadas fragilizadas ou mesmo ausência de lombada; vestígios de oxidação, sobretudo na documentação avulsa; vincos de dobragem, rasgões.
Instrumentos de pesquisa
Sumários dos documentos avulsos das séries, e respectivas subséries, Correspondência Expedida e Correspondência Recebida (2011).
Unidades de descrição relacionadas
Arquivo da Universidade de Coimbra. Real Mosteiro de Santa Clara (F) – Repartição da Fazenda (F) – Arquivo do suprimido Mosteiro de Santa Clara (SF).Arquivo da Universidade de Coimbra. Governo Civil de Coimbra (F) - Copiador de correspondência recebida de Irmandades, Confrarias, Paróquias e outras entidades Concelhias (SR); Orçamentos de receita e despesa de instituições de Assistência - Irmandades, Confrarias e Misericórdias – concelho de Coimbra (SR); Regulamentos e Estatutos de instituições de Assistência - Irmandades, Confrarias e Misericórdias – concelho de Coimbra (SR).Arquivo da Universidade de Coimbra. Cúria Diocesana (F) – Câmara Eclesiástica (SC) Processos de Profissão religiosa e entrada de seculares e educandas – Santa Clara (1708-1834) (SR); Processos para sair da clausura – Santa Clara (1712-1714) (SR); Processos para ter criadas, serventuária ou educanda – Santa Clara (1703-1825) (SR)Arquivo da Universidade de Coimbra. Colecções Particulares – Salema Garção (FD) - Festividades dedicadas à Rainha Santa Isabel, em Coimbra (1873-1915) (SR).Imprensa da Universidade (F)Venerável Ordem Terceira da Penitência de São Francisco (F) – Correspondência Recebida (SR).Arquivo da Diocese de Coimbra – Secção de Confrarias.Arquivo Histórico Municipal. Comissão Municipal de Turismo (F) – Turismo (SC) – Comissão de Festas da Rainha Santa (SSC)
Notas de publicação
Referência bibliográfica450 anos da Confraria da Rainha Santa Isabel – catálogo da exposição. AUC. 2010.
Notas
Foram consultadas as seguintes obras:450 anos da Confraria da Rainha Santa Isabel – catálogo da exposição. AUC. 2010.CORREIA, Sandra – Inventário da Documentação de Turismo do Arquivo Histórico Municipal de Coimbra. Coimbra Património. Vol.15. Câmara Municipal de Coimbra: Coimbra, Setembro de 2009.FIGANIÉRE, Frederico Francisco de la – Memórias das Rainhas de Portugal. D. Theresa-Santa Isabel. Typographia Universal: Lisboa, 1859.VASCONCELOS, António de – Dona Isabel de Aragão (A Rainha Santa). Arquivo da Universidade de Coimbra: Coimbra, 1993. Vols. I e II.VASCONCELOS, António de – O refúgio da Rainha Santa e o seu fundador: Dr. António de Vasconcelos. Confraria da Rainha Santa Isabel: Coimbra, 1942.
Data de publicação
17/05/2021 11:32:37