Plano de classificação

Colégio das Artes

Ações disponíveis

Ações disponíveis ao leitor

Consultar no telemóvel

Código QR do registo

Partilhar

 

Colégio das Artes

Detalhes do registo

Informação não tratada arquivisticamente.

Nível de descrição

Fundo   Fundo

Código de referência

PT/AUC/MC/CA

Tipo de título

Formal

Título

Colégio das Artes

Título paralelo

Real Colégio das Artes

Datas de produção

1548  a  1771 

Dimensão e suporte

10 u. i . (7 cx., 4 liv.); papel e pergaminho

Entidade detentora

Arquivo da Universidade de Coimbra

História administrativa/biográfica/familiar

A origem do Colégio das Artes reside na necessidade de criar uma instituição para o ensino público do latim e da filosofia, de forma a preparar os alunos que viriam a ingressar na Universidade de Coimbra. Era um colégio que se destinava à instrução secundária, em Coimbra, tendo sido fundado por D. João III, em 1547. Chamou para seus primeiros professores alguns portugueses que se encontravam no Colégio de Santa Bárbara, em Paris, como o doutor André de Gouveia que foi nomeado o primeiro reitor do colégio. Outros professores vieram do Colégio de Guiana, em Bordéus, como os doutores Diogo de Teive e António Martins e os irmãos, escoceses, Jorge Buchanan e Patrício Buchanan. Foram também seus primeiros professores os franceses Nicolau de Grouchy, Arnaldo Fabrício e Elias Vinet, entre outros. Em 16 de Dezembro de 1547, D. João III promulgou o Regimento do Principal, ou Reitor do Colégio, determinando que teria completa independência da Universidade, apesar de a ter perdido em algumas ocasiões, até que por Alvará de 5 de Maio de 1552 se reestabelece a sua autonomia. Recebeu novo Regimento por Alvará de 20 de Maio de 1552. Primeiramente, esteve instalado em parte do edifício dos Colégios de S. Miguel e de Todos os Santos, junto ao Mosteiro de Santa Cruz de Coimbra. Depois do falecimento de André de Gouveia, em 1548, foi nomeado reitor Diogo de Gouveia, tendo-se iniciado um período de disputas internas entre docentes, com rivalidades que levaram a denúncias na Inquisição, tendo sido abertos processos inquisitoriais aos professores João da Costa, Diogo de Teive e Jorge Buchanan. Outros professores tiveram de abandonar Coimbra, por suspeições de heresia. Sucedeu no cargo de reitor o doutor Paio Rodrigues de Vilarinho que não conseguiu apaziguar as dissidências internas, de tal forma que a gestão do colégio veio a ser entregue à Companhia de Jesus, na pessoa do seu Provincial, o Padre Diogo de Mirão, em 1555. Continuaram a ser ministrados os estudos de gramática, retórica, lógica, filosofia, matemática, grego e hebraico e o Colégio viveu um período em que, sendo administrado, conjuntamente, com o Colégio de Jesus de Coimbra, teve o seu nome associado a este colégio e ambos foram conhecidos como Colégio de Jesus e Colégio das Artes, sobretudo depois da sua transferência para a zona alta da cidade e integração no grande edifício que englobava esses colégios, bem como a sua igreja que hoje a Sé Nova de Coimbra. Recebeu diversos privilégios régios, entre os quais se pode citar o Alvará de D. João III de 26 de Outubro de 1555 ordenando que o colégio pudesse comprar os mantimentos necessários, sem embargo de qualquer postura municipal, ou a apostila de D. Sebastião, de 6 de Julho de 1558, ao mesmo Alvará, para que pudesse comprara carne sempre que necessário. Com a extinção da Companhia de Jesus, em 1759, o colégio viria a ser renovado, no seu sistema de ensino, tendo sido incorporado, finalmente, na Universidade de Coimbra por Provisão Régia de 1772.

Âmbito e conteúdo

Inclui livros de matrículas de estudantes (1570-1587 e 1710-1758), livro das contas do bedel, com registo de receitas e despesas de graduações e atos, documentação régia, em que se englobam Alvarás, Cartas Régias e Provisões.

Sistema de organização

Sem organização arquivística e apenas ordenação cronológica da série de livros de matrículas.

Instrumentos de pesquisa

Inventário

Publicador

anamaria

Data de publicação

24/09/2021 17:28:09