Mosteiro de Santa Maria de Lorvão

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Mosteiro de Santa Maria de Lorvão

Detalhes do registo

Informação não tratada arquivisticamente.

Nível de descrição

Fundo   Fundo

Código de referência

PT/AUC/MC/MSML

Tipo de título

Formal

Título

Mosteiro de Santa Maria de Lorvão

Datas de produção

1612  a  1886 

Dimensão e suporte

163 u.i. (155 liv., 8 mç.); papel.

Entidade detentora

Arquivo da Universidade de Coimbra

História administrativa/biográfica/familiar

Inicialmente, o Mosteiro de Santa Maria de Lorvão, na freguesia de Penacova (c. Coimbra) foi uma casa monástica masculina, da Ordem de S. Bento, datando a sua fundação de cerca de 878 (ano em que foi tomada a cidade de Coimbra), estando então dedicado a S. Mamede e a S. Pelágio. O Conde D. Henrique doou esse mosteiro à Sé de Coimbra em 1109.Quando D. Teresa obteve a separação do rei de Leão Afonso IX, por anulação do matrimónio, em 1196, regressando a Portugal, seu pai, D. Sancho I, ofereceu-lhe esse mosteiro, em 24 de dezembro de 1200, tendo ali fundado um cenóbio feminino, da Ordem de Cister. Fruto de sucessivas reformas, o edifício foi sendo alterado, no que toca ao claustro, ao dormitório, à igreja, etc. Por contrato celebrado em 1714, com os ourives Manuel Carneiro da Silva e Domingos Pinto Ferraz, do Porto, estes elaboraram as urnas em prata, obra exemplar da ourivesaria barroca e da arte tumular, existentes na capela-mor, nas quais foram colocadas as ossadas das Santas Teresa e Sancha. D. Teresa, a Infanta-Rainha faleceu no Lorvão, em 18 de Junho de 1250, tendo sido beatificada e depois canonizada, em 1705, por bula do Papa Clemente XI, de 13 de Dezembro. Por sua vez, sua irmã, D. Sancha, que foi Abadessa do Mosteiro do Lorvão, faleceu em 13 de Março de 1229 e foi também beatificada e canonizada, juntamente com a sua irmã, pelo mesmo documento pontifício.Esteve sob proteção régia, tendo recebido diversos privilégios dados por D. Duarte, D. Afonso V e D. Manuel, mantendo-se sempre sob a jurisdição episcopal de Coimbra.Teve na sua posse diversos bens rústicos, dos quais recebia rendas, em Sazes, Pampilhosa, Larçã, Ançã, S. Martinho de Árvore, Serpins, Midões, Abiul, Almoster, S. Tiago da Guarda, Lisboa, etc. As paróquias de Abiul (c. Pombal), Almoster (c. Alvaiázere), Couto de Baixo e Couto de Cima (c. Viseu), Treixede (c. Santa comba Dão), Cacia (c. Aveiro) e Esgueira (c. Aveiro) foram da apresentação do Mosteiro de Lorvão.Entre outros diversos bens, do seu património, podem citar-se a Quinta de Esgueira e a Quinta do Botão, formadas por propriedades, casas, celeiro, lagares de vinho e azeite.O mosteiro foi extinto, de acordo com o Decreto do ministro Joaquim António de Aguiar, de extinção das ordens monásticas, de 30 de Março de 1834, mantendo-se em funcionamento enquanto fossem vivas as religiosas que o habitavam. Em 1879 ainda ali vivia uma religiosa, tendo falecido a última abadessa, D. Luísa Madalena de Sousa Tudela, em 1887.

Âmbito e conteúdo

Inclui tombos de medição e demarcação de bens em Brasfemes, Souselas, Cioga do Monte, Pampilhosa, Outeiro e Botão, S. Martinho de Árvore, S. Silvestre, Ançã, Foz de Arouce, Sepins, Esgueira, Perrães, Poiares, etc.Inclui também livros de escrituras notariais de emprazamentos, aforamentos, escambos, compras, etc., bem como livros de receitas de foros e rendas, róis e lembranças de foros e rendas e índices de foros. Contém livro de pagamento de vencimentos a empregados do mosteiro (1835-1867) e livro de pagamento dos mesmos vencimentos, bem como pagamento de côngruas aos vigários e curas das igrejas de Lorvão, Botão, Brasfemes, S. Martinho de Árvore, Santiago da Guarda, Almoster e Abiul, bem como os pagamentos de rações e propinas a religiosas e seculares (1793-1835). Inclui ainda o inventário de bens, feito em 1858, sendo abadessa D. Maria da Graça Freire Pessoa, por ordem do delegado do Tesouro Público do distrito de Coimbra.

Sistema de organização

Ordenação numérica, de acordo com a organização atribuída, quando foi elaborado o Inventário dos Próprios Nacionais.

Instrumentos de pesquisa

Inventário

Notas

O edifício do Mosteiro foi considerado monumento nacional, por Decreto de 16 Junho 1910 (DG n.º 136, de 23.06.1910). Ali esteve também instalado um hospital psiquiátrico, até 2012.

Publicador

anamaria

Data de publicação

02/09/2021 15:44:28