Colegiada de Santa Maria da Oliveira de Guimarães

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Colegiada de Santa Maria da Oliveira de Guimarães

Detalhes do registo

Informação não tratada arquivisticamente.

Nível de descrição

Fundo   Fundo

Código de referência

PT/AUC/DIO/CSMOG

Tipo de título

Formal

Título

Colegiada de Santa Maria da Oliveira de Guimarães

Datas de produção

0983  a  1842 

Datas de acumulação

1139-1842

Dimensão e suporte

4 pt. (71 doc., 6 cad.); papel e pergaminho

Entidade detentora

Arquivo da Universidade de Coimbra

História administrativa/biográfica/familiar

Igreja colegiada do clero secular que terá sido a mais antiga do país. A sua gestão era feita por um corpo de cónegos, reunidos em cabido, tendo à sua cabeça um prior. A sua origem radica no antigo Mosteiro de Mumadona, fundado cerca de 950, também designado por Mosteiro de Guimarães. De acordo com a tradição, o primeiro rei de Portugal, D. Afonso Henriques, terá sido batizado na igreja desse mosteiro. Por sua vez, a colegiada foi fundada por D. Afonso Henriques, em 1139. A vida da instituição está também intimamente ligada ao Mosteiro de S. Torcato, em Guimarães, do qual veio a receber todos os bens, quando este foi extinto em 1474. Recebeu diversos privilégios, concedidos pelos primeiros reis de Portugal (D. Sancho I, D. Sancho II, D. Afonso III, D. Dinis, D. Afonso IV), tendo recebido dos restantes monarcas a confirmação desses privilégios e a protecção régia, razão pela qual usava os títulos de «Insigne e Real» Colegiada. Era donatária dos coutos de S. Torcato, de Codeçoso e de Aboim, nos quais detinha a jurisdição civil e eclesiástica. Todos os moradores destes coutos gozavam as regalias, isenções e liberdades permitidas pelos privilégios concedidos à colegiada, chamados vulgarmente de «Tábuas vermelhas». Os seus bens estendiam-se por diversos locais, como Gondesende, Ferreira, Alavarenga, Creixomil, Azurei, Reboreda, etc. Possuía o padroado das igrejas de S. Cosme de Lobeira, Rendufe, S. Paio e S. Miguel do Castelo, Santa Ovaia de Fermondães e S. Miguel de Creixomil. Não raramente, entrou em conflito com os arcebispos de Braga, pela jurisdição eclesiástica nos seus coutos e questões de padroado.Recebeu também as designações de Colegiada de Guimarães e de Insigne e Real Colegaida de Nossa Senhora da Oliveira de Guimarães.Por carta de Lei de 16 de junho de 1848, foi autorizada a extinção de todas as colegiadas do país, com execepção das designadas «insignes», entre as quais se contava a Colegiada de Guimarães. Mesmo estas últimas viriam a ser extintas em 1869, pelo Decreto de 1 de dezembro, mas a Colegiada de Guimarães permaneceu ainda em actividade.

Âmbito e conteúdo

Inclui cartas régias de privilégios e doações, em original e em pública-forma, enviadas à Colegiada, podendo citar-se, as cartas de D. Afonso Henriques, D. Sancho I, D. Sancho II, D. Afonso III, D. Dinis, D. Afonso IV, D. Pedro I, D. Fernando, etc.Inclui também cartas de composição entre o prior da colegiada, Gomes Afonso, e o arcebispo de Braga, D. Baltasar Limpo, em 1553, bem como carta da Infanta D. Isabel, como padroeira da Colegiada, autorizando esta concórdia. Inclui ainda documentos pontifícios dos papas Honório III, Gregório IX, Inocêncio V, Pio V, Clemente VIII. Refiram-se também diversas transcrições de documentos do designado «Livro de Mumadona» e do «Livro de Milagres de Nossa Senhora da Oliveira», o mais antigo livro de milagres que se conhece, valioso documento para o estudo da piedade medieval.Refiram-se ainda os pareceres jurídicos de diversos professores da Universidade de Coimbra, do séc. XVI, relativos a questões judiciais: os dos Drs. Manuel Barbosa, Luís Correia, e Francisco de Caldas Pereira.

Sistema de organização

Ordenação cronológica.

Instrumentos de pesquisa

Costa, Avelino de Jesus da - Documentos da Colegiada de Guimarães. Revista Portuguesa de História, vol. 3 (1947), p. 561-589

Data de publicação

13/05/2021 07:20:20