Irmandade de São Tomás de Vila Nova
Informação não tratada arquivisticamente.
Nível de descrição
Fundo
Código de referência
PT/AUC/CIM/ISTVN
Tipo de título
Formal
Título
Irmandade de São Tomás de Vila Nova
Datas de produção
1690
a
1704
Dimensão e suporte
9 liv.; papel
Entidade detentora
Arquivo da Universidade de Coimbra
História administrativa/biográfica/familiar
Instituição devocional fundada em 1687 na Sé de Coimbra, dedicada ao arcebispo de Valença S. Tomás de Vila Nova. Aclamado como o «pai dos pobres» S. Tomás de Vila Nova foi o patrono da irmandade, erigida pela piedade de Fr. Álvaro de S. Boaventura, bispo de Coimbra, que, no entanto, não conseguiu ver a sua fundação por, entretanto, ter falecido. Por negócios havidos entre membros do cabido de Valença e o de Coimbra, ofereceram os primeiros, a Coimbra, uma relíquia do santo para sua devoção. A relíquia foi trazida de Valença pelo cónego Luís Loureiro de Albuquerque, professor da faculdade de Cânones. Ficou, inicialmente, depositada no convento de S. Francisco da Ponte e dali foi levada em procissão, pelo bispo D. João de Melo, para a Sé Nova, onde ficou colocada, em altar que lhe foi dedicado. Para fomentar a piedade dos devotos, o cabido resolveu erigir na sé uma irmandade que lhe estivesse dedicada. De acordo com os seus estatutos recebia irmãos e irmãs (que tinham de fazer prova de serem cristãos-velhos) que trajavam vestes brancas, com murça preta, na qual ostentavam, em cor vermelha, as armas de São Tomás. A instituição sobrevivia com as esmolas dos seus membros, que, por disposições estatutárias, ficavam obrigados, ao acompanhamento fúnebre dos que faleciam, à visita dos doentes e à celebração da festa do padroeiro, em 18 de Janeiro. Tinha uma mesa da irmandade, a quem competia tomar todas as deliberações, formada por juiz, escrivão, procurador, tesoureiro, visitadores, mordomos e quatro irmãos, dos quais dois eram sempre cónegos da Sé. O bispo de Coimbra era, geralmente, o juiz da irmandade. Foi também designada como Confraria do Glorioso Santo Tomás de Vila Nova.
Âmbito e conteúdo
Inclui livro de estatutos, confirmados pelo bispo-conde D. João de Melo, em 10 de Janeiro de 1692. Inclui ainda livros de receitas e despesas que dão a conhecer as receitas de esmolas recebidas, por donativos de irmãos e de particulares, bem como as despesas diversas (celebração de missas por alma dos irmãos, armação da capela, aquisição de cera, limpeza, pivetes, etc.). Ilustra os nomes de alguns irmãos, entre os quais se podem citar o impressor Manuel Barreto (1693) os livreiros João Antunes (1696) e José Antunes (1701) que também foi tesoureiro e o cónego D. Fernando de Almeida (1696).
Sistema de organização
Ordenação cronológica.
Instrumentos de pesquisa
Inventário
Data de publicação
15/05/2021 13:35:47