Joaquim de Carvalho
Informação não tratada arquivisticamente.
Nível de descrição
Fundo
Código de referência
PT/AUC/PFM/JC
Tipo de título
Formal
Título
Joaquim de Carvalho
Datas de produção
1921
a
1955
Dimensão e suporte
1 u. i. (cx. com 76 ds.); papel.
Entidade detentora
Arquivo da Universidade de Coimbra
História administrativa/biográfica/familiar
JJoaquim de Carvalho nasceu a 10 de junho de 1892, na Figueira da Foz, e era filho de Manuel José de Carvalho e de Ana Ferreira dos Santos Carvalho.Matriculou-se na Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra a 2 de Outubro de 1909, tendo concluído o Bacharelato a 3 de Outubro de 1914 e em 1915 licenciou-se em Filosofia.Doutorou-se em Filosofia a 14 de Fevereiro de 1917, com uma dissertação sobre António de Gouveia, com a aprovação de 19 valores.Foi convidado pela Faculdade de Letras para 2.º assistente a 12 de Agosto de 1916 e, por Decreto publicado no Diário do Governo, II série, n.º 270, de 19 de Novembro de 1919, foi nomeado professor ordinário do 6.º grupo (Ciências Filosóficas).As cadeiras lecionadas por Joaquim de Carvalho foram História da Filosofia Antiga, História da Filosofia Medieval, História da Filosofia Moderna, História Geral da Civilização, Lógica e Metodologia, Lógica e Moral, História da Educação, Moral, Organização e Administração Escolar, Teoria do Conhecimento e História da Filosofia em Portugal.Foi, também, professor na Escola Nacional Superior, onde lecionou as disciplinas de História da Pedagogia; Moral e Instrução Cívica Superior, e desempenhou os cargos de secretário e bibliotecário.Alcançou uma grande projeção nacional como excelente historiador de ideias, em particular da ciência e dos pensadores portugueses. Foi distinguido com o grau Doutor Honoris Causa pelas Universidades de Salamanca (1954), de Montpellier e do Rio de Janeiro.No início foi influenciado pelo neokantismo da escola de Marburgo e mais tarde pelo pensamento de Espinosa, acabando por se centrar em algumas questões tipicamente portuguesas, como o conceito de “saudade”.Representa na cultura portuguesa contemporânea uma das primeiras figuras do século XX a optar pela especialização universitária enquanto modo de intervenção no espaço público.A sua atividade pública teve também como palco de grande notoriedade a administração da Imprensa da Universidade de Coimbra, que iniciou a 30 de Julho de 1921 e terminou no ano de 1935, tendo promovido a publicação de centenas de livros e encorajado diversas linhas de investigação, em particular na história da ciência e dos pensadores portugueses. Só cessou por ordem direta do Governo, mais precisamente de Oliveira Salazar, seu colega de cátedra coimbrã, o qual ordenou o encerramento da editora, no mesmo ano em que fez a primeira grande perseguição aos universitários e a outros professores não-alinhados com o regime.Desempenhou ainda outros cargos na Universidade, tais como secretário da Faculdade de Letras; diretor do Instituto de Filosofia; diretor da Biblioteca Geral da Universidade; bibliotecário da Faculdade de Letras; diretor do Laboratório de Psicologia Experimental.De entre a sua vasta obra, destaca-se a colaboração na edição de Barcelos da História de Portugal e na História da Literatura Portuguesa Ilustrada. As suas obras mais conhecidas são A Minha Resposta; António de Gouveia e o Aristotelismo da Renascença; Contra o perigo dos astrólogos e o Ensaio filosófico sobre o entendimento humano. Promoveu, ainda, a publicação da série Scriptores rerum lusitanarum e da Biblioteca de Escritores Portugueses.Joaquim de Carvalho faleceu a 27 de Outubro de 1958.
História custodial e arquivística
A presente documentação encontra-se no Arquivo da Universidade graças à oferta do Prof. João Maria Montezuma de Carvalho, filho do Doutor Joaquim de Carvalho. Deu entrada neste arquivo em 2008, ano em que foi devidamente tratada e inventariada. O auto de oferta foi assinado pelo Prof. João Montezuma de Carvalho a 15 de janeiro de 2013.
Fonte imediata de aquisição ou transferência
Doação
Âmbito e conteúdo
Constituído por cartas recebidas pelo Doutor Joaquim de Carvalho, remetidas por António Baião e Laranjo Coelho, todas escritas no início do século XX, sobre produção de obras publicadas na Imprensa da Universidade de Coimbra. Apenas oito cartas não se encontram datadas, pelo que assumimos que possa haver documentos mais antigos ou mais recentes, considerando as datas aqui apresentadas (1921-1955). Todas as cartas têm assinatura autógrafa do respetivo autor: António Baião (74) e Laranjo Coelho (2).
Ingressos adicionais
Não estão previstos novos ingressos. Contudo, pelo facto da série Laranjo Coelho apenas tem duas cartas e entender-se, pelo conteúdo das mesmas, que Laranjo Coelho mantinha correspondência regular com Joaquim de Carvalho, aguardamos que as restantes cartas possam ser futuramente incorporadas nesta série.
Sistema de organização
O fundo foi dividido em duas séries, correspondentes ao remetente das cartas: António Baião e Laranjo Coelho e, dentro de cada série, os documentos foram organizados cronologicamente.
Condições de acesso
Sem restrições
Condições de reprodução
Sem restrições
Idioma e escrita
Português
Notas de publicação
Referência bibliográficaMARQUES, Carla Sofia Fernandes (2013) – Coleção de cartas recebidas pelo DoutorJoaquim de Carvalho: catálogo. In Boletim de arquivo da Universidade de Coimbra. Vol. XXVI.
Data de publicação
13/05/2021 12:57:38