Mosteiro de Santa Maria de Arouca
Nível de descrição
Fundo
Código de referência
PT/AUC/MC/MSMAR
Tipo de título
Controlado
Título
Mosteiro de Santa Maria de Arouca
Datas de produção
1440
a
1885-09-14
Dimensão e suporte
353 u. i. (25 cx.; 325 liv.; 2 mç.; 1 pts.); papel.
Extensões
25 Caixas
325 Livros
2 Maços
1 Pasta
Entidade detentora
Arquivo da Universidade de Coimbra
História administrativa/biográfica/familiar
O mosteiro, que à data era masculino, terá sido fundado na primeira metade do século X, por Loderigo e Vandilo sob a invocação de São Pedro e São Paulo. Diversos benfeitores viriam a enriquecer o seu património com diversas possessões, rendas, benefícios e a própria proteção Régia que, em 1132 e 1143, concedeu ao Mosteiro cartas de couto. Por esta altura o mosteiro já albergava uma comunidade dúplice, tendo adotado a regra Beneditina. Posteriormente a comunidade passou a exclusivamente feminina.D. Sancho I, em 1224, doou o padroado do Mosteiro a sua filha, D. Mafalda, viúva do rei de Castela. Posteriormente a comunidade, aparentemente por influência da Princesa, adotou a regra de São Bernardo, aprovada pelo papa Honório III em 1226. A sua presença robusteceu o mosteiro: financeira e espiritualmente tornando-o um dos mais proeminentes atraindo as senhoras da mais alta nobreza e os seus respetivos dotes e doações. Os sucessivos reis cumularam o cenóbio de mercês ora por confirmação de privilégios outorgados pelos seus antecessores, ora pela concessão de benefícios, rendas e doações.No âmbito da "Reforma geral eclesiástica" de 1834, empreendida pelo ministro e secretário de Estado, Joaquim António de Aguiar, pelo Decreto de 30 de maio, foram extintos todos os mosteiros, ficando as de religiosas, sujeitas aos respetivos bispos, até à morte da última freira, e os seus bens incorporados nos Próprios da Fazenda Nacional.O encerramento definitivo ocorreu a 3 de junho 1886, pela morte da última freira.
Âmbito e conteúdo
Documentos de gestão patrimonial e financeira do Mosteiro nomeadamente: arrendamentos, autos de penhora, cartas citatórias e precatórias, sentenças cíveis, citações e demarcações, contas, recibos, rendimentos e requerimentos; contratos e prazos, foros, índices, laudémios, sentenças, tombos, etc... relativo a localidades de Arouca, Salvador, Santa Eulália, São Martinho, Alvarenga, São Bartolomeu de Veiros, Santa Maria da Murtosa, Santa Ovaia, Estarreja, entre muitas outras.
Sistema de organização
Documentação não tratada arquivisticamente.
Idioma e escrita
Português
Instrumentos de pesquisa
Recenseamento.
Notas de publicação
Referência bibliográficaCOSTA, P. Avelino de Jesus da ( 1997) - "Álbum de Paleografia e Diplomática Portuguesas: estampas". 6.ª ed.. Coimbra, Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra; Instituto de Paleografia e Diplomática. N.º 28. Rêpas, L. M. (1998) - O Mosteiro de Arouca. Os documentos escritos como fonte de conhecimento (1286-1299). Humanitas, (50), 539-586.
Notas
Os edifícios do Mosteiro foram reconvertidos para outras utilizações, mantendo-se, contudo, o espólio artístico, recolhido no Museu de Arte Sacra, aí instalado.
Data de publicação
13/05/2021 08:19:43