Colégio da Nossa Senhora do Carmo de Coimbra
Nível de descrição
Fundo
Código de referência
PT/AUC/MC/CNSCCBR
Tipo de título
Controlado
Título
Colégio da Nossa Senhora do Carmo de Coimbra
Datas de produção
1520
a
1895
Datas de acumulação
1542 - 1834
Dimensão e suporte
17 u. i. (5 cx., 12 liv.); papel.
Extensões
5 Caixas
12 Livros
Entidade detentora
Arquivo da Universidade de Coimbra
História administrativa/biográfica/familiar
O Colégio de Nossa Senhora do Carmo de Coimbra começou a ser edificado em 1540 por D. Frei Baltasar Limpo e situava-se na Rua da Sofia desta cidade.Este clérigo, nascido em Moura no ano de 1478, professou na ordem dos Carmelitas em 1495 indo depois para a Universidade de Salamanca estudar Teologia, cadeira que, chegado a Portugal, passou a dirigir na Universidade. Nomeado por D. João III para pregador e confessor da Rainha, foi ainda uma figura de destaque dentro da ordem que professara, exercendo o cargo de provincial mais do que uma vez.Em 1528 foi nomeado bispo do Porto e é nesta condição que vai para Itália, em 1546, como representante português no Concílio de Trento, onde se demorou alguns anos. Termina a sua vida e a sua carreira eclesiástica, como arcebispo de Braga, cargo que assume em 1550.Enquanto seu fundador, D. Frei Baltasar Limpo destinara a este Colégio a função de albergar os religiosos da diocese do Porto que viessem estudar na Universidade de Coimbra. Mais tarde, porém, ao mesmo tempo que o une à igreja de Alfena, da sua diocese, doa esta instituição à Ordem dos Carmelitas Calçados, doação que confirma em Trento, no ano de 1547, junto do papa Paulo III.À história deste Colégio fica, também, para sempre ligado o nome de D. Fr. Amador Arrais que, estudando em Coimbra, foi o primeiro professo da Ordem neste Colégio onde se doutorou. Entre outros cargos, em outubro de 1581, foi nomeado bispo de Portalegre, cargo que desempenhou durante quinze anos. Findo este período resignou a esse cargo, D. Frei Amador Arrais recolhe-se em Coimbra, no Colégio em que professara, levando a cabo a continuação e conclusão das obras da igreja e do claustro.A documentação do Colégio de Nossa Senhora do Carmo de Coimbra dá-nos conta de uma estrutura administrativa simples, sem grandes sobressaltos de ordem organizativa. Em 1834, com a lei de 30 de maio que estabelece a extinção das ordens religiosas o Colégio fica desocupado, passando o seu edifício para a jurisdição da Comarca de Coimbra.
Âmbito e conteúdo
A grande maioria da documentação é relativa à gestão administrativa e financeira dos bens, rendimentos e património do Colégio, nomeadamente: títulos de propriedade, contratos de arrendamento e empréstimos de dinheiro, entre outros.O fundo foi classificado nas seguintes séries: Alvarás Régios; Amador Arrais, D. Frei; Arrendamento\Aforamento\ Emprazamento; Autos de Embargo; Autos de Medição; Autos de Penhora; D. Belchior Limpo; Bens do Colégio; Cartas Citatórias \ Executórias; Cartas Declaratórias de Excomunhão; Carta de Lei; Certidões; confissão de Dívidas; Constituição, Fundação e Regulamentação; Contratos de Dinheiro a Juro; Correspondência; Demandas; Dízimos; Doações; Escrituras de Compra / Venda; Espólios; Fernão Gomes, Feitor; Igreja; Inquirições; Instituição de Capelas; Petições; Privilégios; Procurações; Provisões; Quitações; Receitas e Despesas; Sentenças e Vistoria dos Bens.
Sistema de organização
A documentação avulsa (357 pts) foi toda sumariada e classificada em séries documentais, ordenadas alfabeticamente e, por sua vez, os documentos de cada série foram ordenados cronologicamente dentro de cada série.
Idioma e escrita
Português
Notas de publicação
Referência bibliográfica"Ordens religiosas em Portugal: das origens a Trento: guia histórico". Dir. Bernardo de Vasconcelos e Sousa. Lisboa: Livros Horizonte, 2005. ISBN 972-24-1433-X. p. 415
Data de publicação
13/05/2021 08:21:29