Colégio de São Jerónimo de Coimbra
Nível de descrição
Fundo
Código de referência
PT/AUC/MC/CSJCBR
Tipo de título
Controlado
Título
Colégio de São Jerónimo de Coimbra
Datas de produção
1486
a
1839
Datas de acumulação
1549 - 1834
Dimensão e suporte
22 u. i. (2 cx., 20 liv.); papel.
Extensões
2 Caixas
20 Livros
Entidade detentora
Arquivo da Universidade de Coimbra
História administrativa/biográfica/familiar
Embora alguns freires da Ordem de São Jerónimo já se encontrassem em Coimbra no ano de 1539, no Convento de S. Domingos, no ano seguinte já estavam instalados em casas que adquiriram mas, como as instalações eram muito precárias, frei Diogo de Murça, então reitor da Universidade de Coimbra e ao mesmo tempo Hieronimita, convidou-os a viver nos Paços reais.O processo da construção do seu próprio edifício só foi iniciado em 1549, no lugar onde já tinham adquirido as casas e terrenos a norte do castelo, com os rendimentos alcançados pela Bula In eminenti Apostolicae Sedis de 28 de março desse ano, dada pelo papa Paulo III, em resposta ao pedido que lhe dirigiu frei Diogo de Murça.Contudo a construção do colégio não viria a acontecer, de imediato, por conflitos com os interesses dos seus vizinhos pertencentes à Companhia de Jesus.Ficam instalados no Paço até 1562, mas por ordem da rainha D. Catarina, são obrigados a mudar-se, para o recém-construído Colégio de S. Paulo, mesmo antes de este ser ocupado pelos seus destinatários.Em 1565 as obras do edifício iniciaram-se e foram dirigidas por frei Diogo de Murça. O edifício fica parcialmente construído e em 1572 ou 1573 os frades mudam-se para as suas novas instalações.Este Colégio teve grandes figuras no meio religioso, cultural e universitário mas logo a partir de 1584 entrou em decadência com a saída forçada de muitos dos seus grandes mestres.Em 1755, com o terramoto que se fez sentir em todo o país, este Colégio sofreu grandes estragos e teve de ser abandonado.A Instituição foi extinta em 1834, em consequência do processo de extinção das ordens religiosas e a 23 de maio desse mesmo ano deu-se início ao inventário do património que, conjuntamente com a documentação, foram entregues à Repartição de Finanças do Distrito de Coimbra.
Âmbito e conteúdo
Os documentos são, na sua maioria, títulos de propriedades, privilégios, provisões e outros relacionados com a administração de bens, a saber: autos de arrematação, autos de demanda, correspondência, cartas advocatórias e executórias, escrituras de compra e venda, emprazamentos, petições, foros, impostos, inventários (entre eles, o índice de prazos, foros e rendas dos enfiteutas dos casais e quintas, datado entre 1486 e 1792), libelos, medições de prazos, processos de obras, procurações, entre outros.
Sistema de organização
O fundo foi classificado em 16 séries documentais. As séries estão ordenadas alfabeticamente e, por sua vez, os documentos de cada série encontram-se ordenados cronologicamente dentro de cada série. Foi elaborado um quadro de classificação.
Idioma e escrita
Português
Notas
Em 1836 foi o edifício do Colégio S. Jerónimo entregue à Universidade, e a partir desta data vários serviços estiveram aí instalados, entre eles o Hospital da Universidade de Coimbra. Este muda-se para novas instalações em 1986. Atualmente o edifício está ocupado com serviços administrativos e Departamentais desta Universidade.No Inventário deste colégio diz que o sino maior da torre do extinto Colégio de S. Jerónimo, por ordem da Rainha, foi entregue ao Reverendo Manuel da Costa de Vasconcelos, como procurador da Câmara de Arganil, para a Igreja da Vila de Arganil.
Data de publicação
17/05/2021 17:01:35