Colégio de Santo Antão de Lisboa
Informação não tratada arquivisticamente.
Nível de descrição
Fundo
Código de referência
PT/AUC/MC/CSAL
Tipo de título
Formal
Título
Colégio de Santo Antão de Lisboa
Datas de produção
1553
a
1759
Datas de acumulação
1541-1759
Dimensão e suporte
38 u. i. (37 liv., 1 cx.); papel e pergaminho
Entidade detentora
Arquivo da Universidade de Coimbra
História administrativa/biográfica/familiar
Em 18 de outubro de 1553, começaram a funcionar as aulas ministradas pelos religiosos da Companhia de Jesus, no edifício de um antigo Convento, situado na zona da Mouraria, em Lisboa. Neste designado Colégio de Santo Antão-o-Velho ou «coleginho» eram ministradas aulas de humanidades e também de ciência matemática. Mais tarde, dada a exiguidade das instalações, foi projetado outro edifício, tendo sido lançada a primeira pedra da nova construção em 11 de maio de 1579, nos Campos de Santa Ana. Ali foi edificado o que veio a ser designado por Colégio de Santo Antão-o-Novo ou apenas Colégio de Santo Antão, da Companhia de Jesus. Aqui funcionava a «Aula da Esfera», onde se fazia o ensino de conhecimentos matemáticos, cosmográficos e astronómicos e que foi frequentada por jesuítas que depois partiram para o oriente e missionaram na China e no Japão.Foram-lhe dados privilégios por diversos monarcas, podendo citar-se o Alvará do Cardeal D. Henrique, de 6 de junho de 1579, que lhe permitia nomear tabelião e escrivão privativo, para registo de todas as escrituras, contratos e matrículas dos alunos. Também a Provisão do cardeal D. Henrique, de 19 de janeiro de 1567, isentava o Colégio do pagamento de dízimos no arcebispado de Lisboa.Entre os bens de doação régia, refira-se, por exemplo, a localidade de Enxara do Bispo, cujos bens foram desanexados pelo cardeal D. Henrique, da Mesa Pontifical do arcebispado de Lisboa, para dotação deste colégio. A bula «Cum attenta considerationis» do Papa Pio V, de 24 de Janeiro de 1567, autorizou a anexação da igreja de N.ª S.ª da Conceição de enxara do Bispo e também a terça da igreja de Vila Nova de Ourém.Também D. João III lhe fez doação de um padrão de juros da Casa dos Azeites, na Alfândega de Lisboa.Outros bens foram adquiridos pelo Colégio, como o designado Reguengo de Queluz, por compra feita em 1586 a D. Jerónima de Castro, mulher de Diogo de Castro Pacheco; ou por doações, para instituições pias, como a que foi feita por Mariana da Silva e sua irmã Joana Batista, em 1667, de umas casas frente ao «jogo da pela», em Lisboa.Após a extinção da Companhia de Jesus em 1759, o Colégio de Santo Antão foi também extinto, tendo os seus bens sido doados à Universidade de Coimbra, em 1774.
Âmbito e conteúdo
Inclui documentos originais e também cópias, de documentos existentes na Torre do Tombo, nomeadamente da Carta Régia de D. Dinis, de 1285, sobre pagamento da renda dos bens régios em Queluz.Inclui autos de sentenças e inventários relativos aos bens sitos em Lisboa e seu termo, como por exemplo, em Queluz (compostos por parcelas designadas por «Quartos de Queluz») em Alvalade, Calhariz, Sacavém, etc., bem como escrituras de doação, escambo e compra relativas a bens sitos em Lisboa e seu termo. Inclui ainda bula pontifícia de Pio V, de 24 de Janeiro de 1567, de união da igreja de Enxara do Bispo.
Sistema de organização
Organizado de acordo com a numeração sequencial aposta às unidades de instalação, no Cartório da Fazenda da Universidade.
Instrumentos de pesquisa
Inventário.
Notas
Algumas escrituras de venda e de emprazamento, em pergaminho, encontram-se encadernadas juntamente com volumes de documentação diversa (cotas AUC-IV-1.ªE-23-2-2 e 14).
Data de publicação
16/05/2021 13:25:38