Hospital Real de Coimbra

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Hospital Real de Coimbra

Detalhes do registo

Informação não tratada arquivisticamente.

Nível de descrição

Fundo   Fundo

Código de referência

PT/AUC/HOS/HRC

Tipo de título

Formal

Título

Hospital Real de Coimbra

Datas de produção

1448  a  1772 

Datas de acumulação

1504-1772

Dimensão e suporte

397 u. i. (380 liv., 12 mç., 5 pt.); papel e pergaminho

Entidade detentora

Arquivo da Universidade de Coimbra

História administrativa/biográfica/familiar

O Hospital Real de Coimbra foi fundado por D. Manuel em 1504, tendo sido edificado na Praça de São Bartolomeu, hoje designada por Praça do Comércio. Foi também conhecido como Hospital de D. Manuel, fazendo jus ao seu fundador. O monarca conferiu-lhe regimento, em 22 de outubro de 1508 e nele revelava o que o levara a tomar a decisão de o erguer em Coimbra: um bom hospital, segundo o requer a nobreza da cidade e a grande passagem de gente, vinda de todas as partes. Recebeu novo Regimento, em 16 de junho de 1510.Para ampliar o património desta instituição e a sua capacidade de assistência, no auxílio à população doente, foi-lhe anexado o património de pequenas albergarias e hospitais medievais da cidade que foram extintos, em 1508: Hospital de Vera Cruz, Hospital de Santa Maria, de São Bartolomeu, São Lourenço e de São Marcos; do Hospital dos Milreus, extinto em 1526 e ainda uma parte das rendas dos hospitais de Montemor-o-Velho, Tentúgal e Pereira, por Carta do cardeal D. Henrique, de 2 de janeiro de 1568. Mais tarde, viria a ter a posse das rendas e todas as propriedades dos hospitais de Nossa Senhora de Campos, de São Pedro e de Santa Maria Madalena de Montemor-o-Velho, confirmada por provisão régia de 1 de junho de 1588. Era neste Hospital que tinham lugar as aulas práticas de Medicina, propostas nos Estatutos da Universidade, em 1559, orientadas pelos Lentes das cadeiras de Prima, Véspera, Tertia e Noa (depois designada Anatomia). O Hospital era administrado de acordo com o seu regimento, sendo gerido por um provedor e um almoxarife e ainda: o recebedor dos enfermos, o hospitaleiro, o escrivão, o porteiro, o capelão, o solicitador, etc., possuindo duas enfermarias, capela, hospedaria e cozinha, tendo recebido, inicialmente, 17 doentes.No hospital estava sediada a Confraria dos Santos Físicos São Cosme e São Damião, da qual era juiz, geralmente, um lente da Faculdade de Medicina, médico no hospital, sendo coadjuvado por um escrivão, um procurador, mordomos e um sacristão. Esta confraria promovia o acompanhamento espiritual dos doentes e a celebração das missas, na capela do hospital.Sobrevivia, economicamente, através do rendimento do seu património rústico e urbano situado em Coimbra, Montemor-o-Velho, Alvoco da Serra e Seia, tendo recebido também a doação de um por cento das rendas dos almoxarifados de Coimbra e de Aveiro, por alvará de D. Manuel de 7 de janeiro de 1514, confirmado, depois, por carta de D. João III, de 8 de janeiro de 1532.No século XVIII, era conhecido como Hospital de Nossa Senhora da Conceição, a sua padroeira.Pela Provisão do Marquês de Pombal de 21 de outubro de 1772, foi ordenado ao corregedor da comarca de Coimbra, José Gil Tojo Borja e Quinhones que tomasse posse de todo o património do hospital e o entregasse à Junta da Fazenda da Universidade. Foi também ordenado que os doentes que ali se encontravam fossem transferidos para o novo hospital da Universidade, instalado numa parte do edifício do extinto colégio de Jesus de Coimbra. Apesar desta determinação, só em 1779 foi concretizada a transferência dos doentes, depois das necessárias obras de adaptação do edifício.

Âmbito e conteúdo

Contem regimentos, cartas, alvarás e provisões régias relativos à fundação, privilégios e administração do Hospital. Contem também livro com termos de eleição de oficiais e registos de ordenados pagos, bem como livros de escrituras notariais de emprazamentos, termos de obrigação e fiança, escrituras de venda, etc. Contem ainda tombos de medição e demarcação de propriedades em Montemor-o-Velho, Anços, Borralha, Seia, Alvoco da Serra, Folhadosa e Casais de São Fipo, livros de reconhecimentos de prazos e casais, livros de registos de arrendamentos, receita de foros e rendas nos mesmos locais. Inclui livros de registos de receitas e despesas, livros de entrada e saída de doentes, livros de registo de receituário médico. Inclui também o foral de Seia, dado por D. Manuel, em 1 de junho de 1510, por o Hospital ser o donatário da vila de Seia.

Sistema de organização

Organização em quinze séries documentais, ordenadas cronologicamente e uma coleção de pergaminhos.

Instrumentos de pesquisa

Inventário

Data de publicação

14/05/2021 22:34:10