Mosteiro de São Jorge de Coimbra

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Mosteiro de São Jorge de Coimbra

Detalhes do registo

Informação não tratada arquivisticamente.

Nível de descrição

Fundo   Fundo

Código de referência

PT/AUC/MC/MSJRC

Tipo de título

Formal

Título

Mosteiro de São Jorge de Coimbra

Datas de produção

1264  a  1587 

Dimensão e suporte

4 u. i. (1 cad., 3 pt. (100 doc.); papel e pergaminho

Entidade detentora

Arquivo da Universidade de Coimbra

História administrativa/biográfica/familiar

Na origem deste mosteiro está a fundação, no final do séc. XI, de uma ermida, em honra de S. Jorge, situada na mata de Milreus, por D. Sesnando, moçárabe abastado e Senhor do Território de Coimbra. Alguns autores apontaram 1087 ou 1088, como o início da vida comunitária nesse local, apesar de o ano de 1136 ser tido como o da origem do Mosteiro, nessa mesma ermida. Em 1136, Salvador Guimarães, sobrinho de Martim Moniz, casado com a filha de D. Sesnando, e sucessor deste, no cargo de governador do território conimbricense, era senhor do Mosteiro. Uma lápide com o nome de Salvador Guimarães foi descoberta, quando se procedeu a obras no edifício, no séc. XVI. Em 1192, já ali residiam 26 cónegos e 9 cónegas, tratando-se, pois, de um mosteiro duplex, sob a obediência comum do prior-mor. Frequentemente designado como Mosteiro de S. Jorge “de a par” de Coimbra, ou, também, como Mosteiro de S. Jorge de Milreus, por ser esta a designação do local onde foi edificado, na freguesia de Castelo Viegas, concelho de Coimbra. Foi prior-mor do mosteiro, entre 1425 e 1435, Frei João Verba, personalidade de destaque na cultura portuguesa do séc. XV, confessor do Infante D. Pedro e seu colaborador. No séc. XVI, foi construído um novo edifício, com uma só nave, e no seu cruzeiro foi assentado o túmulo dos Cunhas, senhores do morgado de Antanhol. Por sua vez, ainda, uma terceira igreja veio substituir a precedente, do séc. XVI .Dependia, jurídica e eclesiásticamente, do ordinário da sé de Coimbra. Os bens da mesa prioral do Mosteiro de S. Jorge foram anexados ao Colégio do Espírito Santo de Évora, em 20 de Maio de 1566, por bula de Pio V, confirmando o desejo do cardeal- infante D. Henrique. Por sua vez, os bens da mesa conventual foram unidos ao mosteiro de Santa Cruz de Coimbra, em 1564, pelo papa Pio IV.

Âmbito e conteúdo

Inclui documentos de tipologia diversa, figurando em maior número os títulos de aforamento e de emprazamento. Inclui também documentos judiciais que retratam a intervenção da jurisdição ordinária, por parte dos juízes ordinários de Penela, em litígios de posse de propriedades. Podem referir-se também as sentenças, a favor do mosteiro, por Fernão Gil e Geraldo Peres (1375), vigários de D. Pedro, bispo de Coimbra ou também a sentença de Martim Peres (1346), vigário do bispo D. Jorge de Almeida. Retrata a administração de bens do Mosteiro situados, sobretudo, nos termos de Miranda do Corvo, Ansião, Coimbra e Penela.

Sistema de organização

Ordenação cronológica

Instrumentos de pesquisa

Queirós, Abílio - Catálogo de pergaminhos do Mosteiro de S. Jorge de Coimbra (1264-1587). Boletim AUC, vol. 23-24 (2007), p. 9 - 85.

Notas

No catálogo de pergaminhos estão numerados os documentos existentes, alguns dos quais registados no mesmo pergaminho (vide n.º 81, 82, 84, 85, 87 e 89). Assim, o número de unidades de instalação é menor que o número de documentos registados. Quando foi extinta a Companhia de Jesus, em 1759, os bens que estavam anexados aos seus diversos colégios e casas de residência (em Braga, Porto, Bragança, Coimbra, Évora, Santarém, Lisboa, Elvas Portimão e Faro) forama integrados na Fazenda da Universidade, por provisão régia de 4 de Julho de 1774.

Data de publicação

17/05/2021 11:17:55