Mosteiro de São Marcos de Coimbra

Ações disponíveis

Ações disponíveis ao leitor

Consultar no telemóvel

Código QR do registo

Partilhar

 

Mosteiro de São Marcos de Coimbra

Detalhes do registo

Nível de descrição

Fundo   Fundo

Código de referência

PT/AUC/MC/MSMCM

Tipo de título

Controlado

Título

Mosteiro de São Marcos de Coimbra

Datas de produção

1393  a  1836 

Datas de acumulação

1451-1834

Dimensão e suporte

39 u. i. (5 cx., 33 liv., 1 pt); pergaminho e papel.

Extensões

5 Caixas
33 Livros
1 Pasta

Entidade detentora

Arquivo da Universidade de Coimbra

História administrativa/biográfica/familiar

O Real Mosteiro de São Marcos, da Ordem de São Jerónimo, sito no termo da quinta de S. Silvestre, arredor de Coimbra, foi ereto no local de uma antiga ermida dedicada a S. Marcos.A 5 de janeiro de 1441 João Gomes da Silva, alferes-mor de D. João I, por testamento, deixa a terça de todos os seus bens, sitos na vila de Tentúgal e seu termo, à capela de S. Marcos com a obrigação de uma missa cantada diariamente, para todo o sempre, propondo como administrador para os bens da dita capela um seu descendente em linha direta. (Livro 33, fl. 8).Seu filho Aires Gomes da Silva, 3º Conde de Vagos, morreu na batalha de Alfarrobeira em 1449 e sua mulher Dona Beatriz de Menezes, em 28 de julho de 1451, fez doação aos frades Jerónimos dos bens que seu sogro João Gomes da Silva havia deixado, para que os ditos frades edificassem um mosteiro da Ordem de S. Jerónimo. Esta doação foi confirmada por alvará de D. Afonso V, datado em 3 de agosto de 1451, o qual ordenava que se fundasse o Mosteiro de S. Marcos e que o mesmo pudesse possuir os bens de raiz, com suas rendas, direitos e pertenças que à dita capela pertencerem, pelo testamento de João Gomes da Silva e ter os mesmos privilégios e liberdades, que foram outrora dados aos Mosteiros desta mesma ordem.Em 1472 ainda não estava acabado o mosteiro e D. Beatriz de Vilhena deixa aos frades que estiverem no dito Mosteiro, para sua governação e manutenção, os seus bens da Cabra e Vale de Azares, Quinta de Gandufe com seus casais e a terra de Senhorim.Deixa como herdeiro e administrador de bens da Capela da Piedade, sita em Guimarães, seu sobrinho Fernando Teles casado com D. Maria de Vilhena, deixando-lhe como encargo “…que mande acabar o dito Mosteiro assim de edifícios como de ornamentos e de outras quaisquer coisas que forem necessárias para em ele poderem estar os frades necessários a tal casa (...) que ampare e defenda os ditos frades…”. (Livro 19, fl. 1 e seguintes).Em 1478, Dona Maria de Vilhena, viúva de Fernando Teles de Meneses, doa ao Mosteiro todos os bens e fazendas situados em Condeixa que lhe ficaram por morte de sua tia Dona Beatriz de Vilhena, para o que obteve licença régia, com a obrigação de uma missa cantada quotidiana, um responso e água benta, para todo o sempre, por alma de Fernando de Teles, que nesse Mosteiro jaz. E pede mais “…que todos os meus filhos….que nunca contra eles [frades] bulam, antes os ajudem e defendam…”.Concluída a obra em 1481, a bula do Papa Sisto IV, faz a anexação do Padroado de S. Pedro de Santar ao Mosteiro de S. Marcos.O Mosteiro foi habitado por frades da ordem de S. Jerónimo até à sua extinção em 1834, tendo o inventário dos seus bens sido iniciado a 20 de junho do mesmo ano.

Âmbito e conteúdo

A documentação deste fundo respeita, em grande parte, à gestão financeira e patrimonial dos bens do Mosteiro, nomeadamente: títulos de propriedades, privilégios, alvarás, e outros relacionados com a administração de bens.

Sistema de organização

A documentação foi classificada em 27 séries documentais, de acordo com a tipologia, que estão ordenadas alfabeticamente e, por sua vez, os documentos de cada série encontram-se ordenados cronologicamente.A documentação que se encontrava instalada em maços e caixas foi objeto de intervenção, não só de análise de conteúdo mas também do seu acondicionamento físico através da execução/colocação em pastas.

Idioma e escrita

Português

Instrumentos de pesquisa

Recenseamento e ESTEVENS, Manuel dos Santos (1950) – Índex dos títulos do cartório do Mosteiro de S. Marcos. Coimbra: Arquivo e Museu de Arte da Universidade de Coimbra.

Unidades de descrição relacionadas

Completiva: PT, TT, Mosteiro de São Marcos de Coimbra (F). Código: PT/TT/MSMCM. Descrição em linha, disponível em: http://digitarq.arquivos.pt/details?id=1459211 Genérica: PT, TT, Ministério das Finanças (F), Inventário de extinção do Convento de São Marcos de Coimbra (DC). Código: PT/TT/MF-DGFP/E/001/00109

Notas de publicação

Referência bibliográficaESTEVENS, Manuel dos Santos (1950) – Índex dos títulos do cartório do Mosteiro de S. Marcos. Coimbra: Arquivo e Museu de Arte da Universidade de Coimbra.

Notas

Após 1834 todos os bens do Mosteiro são vendidos e este passa para as mãos de particulares. Um violento incêndio no ano de 1860 deixa-o quase completamente destruído.Posteriormente é reconstruído o projeto desta obra deve-se ao arquitecto Leonardo Castro Freire que, para o efeito, se inspirou nas casas nobres seiscentistas, mas acaba por ser adquirido pela Fundação da Casa de Bragança, fundada por decreto-lei nº 23240 de 21 de Novembro de 1933. (http://www.fcbraganca.pt/). De 1954 a 1976 foi residência dos Duques de Bragança.Adquirido pelo Estado Português à Fundação da Casa de Bragança e outorgado à Universidade de Coimbra em 1976.

Data de publicação

15/05/2021 03:39:36