Colégio das Ordens Militares de Coimbra

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Colégio das Ordens Militares de Coimbra

Detalhes do registo

Nível de descrição

Fundo   Fundo

Código de referência

PT/AUC/MC/COMCBR

Tipo de título

Atribuído

Título

Colégio das Ordens Militares de Coimbra

Datas de produção

1575  a  1834 

Datas de acumulação

1615 - 1834

Dimensão e suporte

4 u. i. (3 cx., 1 liv.); pergaminho e papel

Extensões

3 Caixas
1 Livro

Entidade detentora

Arquivo da Universidade de Coimbra

História administrativa/biográfica/familiar

A 25 de julho de 1615, assentou-se a primeira pedra do futuro Colégio dos Militares, que tinha por finalidade acolher os colegiais da Ordem de São Bento de Avis e da Ordem de Santiago da Espada, para estudarem a Sagrada Teologia e Direito Canónico. Este colégio foi fundado a pedido de D. Jorge de Melo, prior-mor de S. Tiago e de D. Lopo de Sequeira, prior-mor de S. Bento, este como representante da Mesa de Consciência e Ordens.Os seus estatutos determinavam que os freires admitidos deveriam ter vinte e cinco anos de idade, dois anos de estudo de religião e que não fossem dos estratos baixos da sociedade. Determinavam também que a capela fosse no lugar mais decente do colégio, para aí os colegiais assistirem às missas e nela tinha de haver três altares, e no maior ficava o Santíssimo Sacramento.Cada colegial tinha a sua cela, e nela havia uma banca, uma cadeira e estantes, onde estudavam 3,30 horas por dia. Durante a noite não podiam fechar as celas, para que o reitor os pudesse vigiar.Para além do refeitório (onde se recomenda que lavem as mãos antes das refeições e que ninguém deve beber pelo copo de outro), havia ainda a cozinha, a biblioteca, a enfermaria e um cárcere no lugar mais retirado, com uma grade forte e segura e na qual se encerravam os colegiais quando cometessem alguma falta grave.Recomendam os ditos estatutos que houvesse no colégio um caixão com três fechaduras diferentes, uma chave terá o reitor, outra o vice-reitor e a terceira o secretário, e nele guardar-se-ão as Bulas, os privilégios, as escrituras, os livros e mais papéis pertencentes à instituição do governo do colégio.O edifício do Colégio ficava situado na continuação da Couraça de Lisboa, rua dos Militares, junto ao Castelo, com uma cerca anexa.O Reitor e freires deste colégio compraram casas que aí se situavam, e cujas escrituras de compra e venda, se podem ver neste acervo.Em 1834 foram abolidas as Ordens militares, na sequência da revolução liberal e o edifício entregue à Universidade.

Âmbito e conteúdo

A documentação deste fundo é, essencialmente, relativa à gestão financeira e patrimonial do Colégio e foi distribuída pelas seguintes séries documentais: alvarás, arredamentos, autos cíveis, bulas, breves (traslado datado de 8 de junho de 1575), cartas régias, correspondência, escrituras de compra e venda, de empréstimo, estatutos (livro dos Estatutos do Colégio das Ordens Militares de Santiago e São Bento de Avis, fundados na Universidade de Coimbra, 1616; confirmados por El-Rei D. Filipe II), inventários, privilégios, sentenças, testamentos (traslado do testamento do bispo D. Pedro Malheiro do ano de 1552) e visitas pastorais (traslado das visitas à igreja de Nª. Sª. da Assunção da Vila de Castelo de Vide, nos anos de 1707 e 1708; outra feita à igreja de Santo André de Alvoco das Várzeas em 1723).

Sistema de organização

A documentação foi objeto de intervenção e está organizada por séries, ordenadas alfabeticamente e, por sua vez, os documentos encontram-se ordenados cronologicamente dentro de cada série.

Idioma e escrita

Português

Instrumentos de pesquisa

Inventário - CAPELO, Ludovina Cartaxo (2010) - Colégio das Ordens Militares de Santiago da Espada e de S. Bento de Avis de Coimbra. Disponível em: http://www.uc.pt/auc/fundos/ficheiros/COL_OrdensMilitaresCoimbra.pdf

Unidades de descrição relacionadas

Genérica:DGLAB - Inventário de extinção do Colégio das Ordens Militares de Santiago e São Bento de Avis de Coimbra(DC). Código de referência: PT/TT/MF-DGFP/E/001/00113

Notas

Relativamente ao edifício sabemos que no inventário feito em 1834 foi avaliado em 7.000$000 réis, e foi arrendado em outubro do mesmo ano a António Maria Ribeiro da Costa, pela quantia de 43 mil réis anuais. Em 1853 nele foi instalado o Hospital dos Lázaros. Em meados do Século XX o edifício foi destruído.

Data de publicação

13/05/2021 08:21:25