Colégio da Sapiência de Coimbra
Nível de descrição
Fundo
Código de referência
PT/AUC/MC/CSCBR
Tipo de título
Formal
Título
Colégio da Sapiência de Coimbra
Datas de produção
1331
a
1858
Datas de acumulação
1552 - 1834
Dimensão e suporte
50 u. i. (1 cx., 49 liv.); pergaminho e papel
Extensões
1 Caixa
49 Livros
Entidade detentora
Arquivo da Universidade de Coimbra
História administrativa/biográfica/familiar
O Colégio da Sapiência ou de Santo Agostinho, também conhecido por Colégio dos Crúzios, Colégio Novo e Colégio dos Órfãos, foi fundado no ano de 1552 pelos freires da Ordem de Santo Agostinho.Os terrenos para a sua construção foram adquiridos à Câmara, à Sé e a particulares e ficavam situados entre a Porta Nova e a Sé de Coimbra.Adquiridos os terrenos necessários e com o projeto assinado pelo arquiteto italiano Fillipo Terzi, iniciaram-se as obras da sua construção.A primeira pedra foi benzida e colocada pelo bispo-conde de Coimbra, D. Afonso de Castelo Branco, a 30 de março de 1593.O edifício começou a ser ocupado em março de 1604 e foi seu primeiro reitor D. Acúrcio de Santo Agostinho.Em consequência do Decreto de 30 de maio de 1834, que determinou a extinção das ordens religiosas e a desamortização dos bens, foi feito inventário a 6 de junho do mesmo ano e a documentação pertencente ao Colégio entregue à Repartição de Finanças do Distrito de Coimbra. O edifício foi abandonado ficando exposto ao vandalismo que proliferou na altura.
Âmbito e conteúdo
Os documentos são na sua maioria títulos de propriedades, privilégios, e outros relacionados com a administração de bens, a saber: alvarás, contratos, cobrança de impostos, escrituras de compra e venda, inventários, provisões, sentenças e tombos de prazos contendo a descrição dos bens nas localidades de Almalaguês, Alvares, Arganil, Beringel, Cepos, Coimbra, Coja, Coselhas, Covilhã, Crasto (província do Minho), Fajão, Figueiró, Folques, Murta, Outeiros, Pampilhosa, Papízios, Pedrógão, Pinhanços, Poiares, Pombeiro, Rego da S. Simão da Junqueira, Silvares, Teixeira, Vale de Custas, Várzea dos Carregais, Verride, Vila Cova, Silvares e concelhos de Monte Alegre e de Ruivães e Vilar das Vacas da Ouvidoria de Bragança.Também são dignos de nota os traslados do Foral de Alvares (1514) e do Foral da Amoreira, e de Felgares dado pelo prior do Mosteiro de Folques da ordem de Santo Agostinho, no ano de Cristo de 1331; traslado, em latim, do Foral de Folques, ano de 1432 e o traslado em latim do Foral da Vila de Fajão, do ano de 1434.
Sistema de organização
A documentação avulsa foi toda sumariada e está ordenada cronologicamente, os livros estão ordenados alfabeticamente pelos nomes das localidades que apresentam nos títulos e dentro destes cronologicamente.
Idioma e escrita
Português
Notas de publicação
Referência bibliográficaCRAVEIRO, Maria de Lurdes - "O Colégio da Sapiência, ou de Santo Agostinho, na Alta de Coimbra". Monumentos: Revista semestral de edifícios e monumentos, ISSN 0872-8747, Nº. 25, 2006. VASCONCELOS, António de — Escritos Vários. Reed. Manuel Augusto Rodrigues. Coimbra: A. U. C., 1987. Vol. I.CAPELO, Ludovina Cartaxo (2010) - Colégio da Sapiência de Coimbra.
Notas
A portaria de 17 de outubro de 1836 determina que o edifício seja entregue à Universidade, que o ocupou por alguns anos. Em 1841 foi o Colégio e a sua cerca entregues à Santa Casa da Misericórdia de Coimbra. Em Dezembro do mesmo ano a Misericórdia muda para este Colégio os órfãos, e passa então a ser conhecido como Colégio dos Órfãos. Em 1967, um grande incêndio destruiu grande parte do edifício. Em 1985, fruto de negociações entre a Universidade e a Santa Casa da Misericórdia, foi acordado que parte do edifício seria ocupada pela Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação da Universidade de Coimbra, a troco de uma renda mensal.
Data de publicação
16/05/2021 06:31:09